Hoje estou com vontade de fingir que sou poeta, escrever como se a vida fosse festa ou velório.
Bato olho no relógio, vejo que o tempo passou, e o meu lado poeta ainda não aflorou.
Apaguei mil linhas, apaguei mil versos, só pra encontrar a perfeição.
Não sou poeta, tento explicar isso pro meu coração.
Não mereço experimentar a dor, nem que for só pra poetizar.
Eu fico aqui a tentar encaixar algumas palavras,
Mas estas custam a me fugir,
Não há nada pra expressar o que se passa aqui.
Confusa estou, confusas as palavras parecem estar.
Estou mais confusa do que quando eu comecei a amar.
Estou tentando achar alguma maneira de expressar,
Mas hoje a minha coerência poética veio a falhar.
Talvez seja o medo que veio essa noite me sufocar.
Talvez seja a dor que eu venho há dias a cultivar.
-Mariana Datrino
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