terça-feira, 30 de outubro de 2012

Falha poética

Hoje estou com vontade de fingir que sou poeta, escrever como se a vida fosse festa ou velório.
Bato olho no relógio, vejo que o tempo passou, e o meu lado poeta ainda não aflorou.
Apaguei mil linhas, apaguei mil versos, só pra encontrar a perfeição.
Não sou poeta, tento explicar isso pro meu coração.
Não mereço experimentar a dor, nem que for só pra poetizar.

Eu fico aqui a tentar encaixar algumas palavras, 
Mas estas custam a me fugir, 
Não há nada pra expressar o que se passa aqui.
Confusa estou, confusas as palavras parecem estar.
Estou mais confusa do que quando eu comecei a amar.

Estou tentando achar alguma maneira de expressar, 
Mas hoje a minha coerência poética veio a falhar.
Talvez seja o medo que veio essa noite me sufocar. 
Talvez seja a dor que eu venho há dias a cultivar. 

-Mariana Datrino








Nenhum comentário: